Já aqui referi casas onde antigamente se comia bem, que estão hoje desaparecidas dos itinerários gastronómicos. Só para continuar com este cantinho de Paranhos, vou deixar uma menção à casa minha homónima - A Casa Amaro. Passo lá demasiadas vezes de carro e nunca a pé, pelo que ainda não me atrevi a lá entrar.
A minha atenção foi sempre atraída pela tabuleta. É pena terem desaparecido do nosso Porto quase todas as tabuletas que eram a primeira publicidade e a marca do posicionamento do estabelecimento na rua. "É ali a seguir à Flor de S. Crispim, está a ver a tabuleta?» Quantas placas com "A Flor de ...".Não havia mercearia ou pomar, que não fosse a flor lá do sítio. Primeiro as tabuletas eram de folha flandres em caixilho de ferro, depois veio o vidro pintado encaixilhado, como aqui a da Casa Amaro, depois nos anos 60, veio o plástico e os reclamos luminosos e lá foram desaparecendo as tabuletas.
Quanto à publicidade, deixou de ter o encanto antigo. Senão repare-se no que há anos diziam da Casa Amaro, onde os petiscos eram "de trás da orelha"
Toda a gente me aconselha
Por eu não querer comer caro
Petiscos de trás da orelha
Só na Casa Amaro.
Acho que a Aninhas das m . . . .
gordas não tinha casa na freguesia e para comer pescada frita havia que ir
à Cascata da Praça Nova, “no tempo em que apareciam pescadas que mediam
quasi dois metros de comprido”. Se não acredita , leia o excerto anexo de «O
Tripeiro».
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