Foi um grande salto, desde que fechou a
piscina do Carvalhido até ser substituída. Os anos passaram e a natação passou
a ser esquecida.
O Rio Douro ofereceu as suas águas para
treino de atletas do Clube Fluvial Portuense, do F.C. do Porto, do Clube Nun´Álvares
e do Clube Naval Infante D Henrique, durante mais de 30 anos. O rio Leça fez o
mesmo em Ermesinde para o CPN – Clube Propaganda de Natação. Aprendia-se no
rio.
Em 1961, há uma notícia da
inauguração de uma piscina na Boavista, também uma piscina provisória, mas que
o Clube Nun´Álvares usou durante 10 anos, construída nas instalações da Fábrica
de Tecidos de Seda Aviz, na avenida, hoje zona de lojas chiques no Aviz. Parece
que para a fábrica, a piscina era um instrumento para a prevenção de incêndios.
Era um tanque enorme…
O jornal tem uma frase curiosa, dando um
bem-haja ao velho-jovem Nun’Álvares, na dinamização da modalidade “porque bem precisa a natação
portuense, que de degrau em degrau, decaiu a tal ponto, que praticamente,
poucos sabem … nadar.”
Esta notícia confirma também a localização da anterior piscina do Carvalhido “nos terrenos na actual Casa dos Pobres”.
O povo há muito que se queixava da falta
de piscinas. O Primeiro de Janeiro, já em 1939, publicava um desenho
humorístico de Cruz Caldas, em que veraneantes ansiavam pela piscina do Porto,
que nunca mais chegava.
Ficam algumas notas para a piscina do
meu Alexandre Herculano, nos anos 60, um tanquezito onde aprendi as primeiras
braçadas e a piscina do CDUP, na rua da Boa Hora, ainda disponível nos meus
primeiros anos da faculdade, que também desapareceu, decorrendo hoje as aulas
na piscina da Faculdade de Desporto.
A zona do complexo residencial do Foco
ou do Graham, deixou boas recordações das piscinas do empreendimento (interior
e exterior), projectadas pelo Arquitecto Agostinho Ricca, nos finais do 60, mas
isso era só para gente fina.
Parece que ali pelo n.º 132 de Santa Catarina,
o Sport Club do Porto também teve uma piscina, que hoje tem o fundo coberto a
linóleo e serve de palco para artes performativas.
Agora para vermos a atenção dada pelo
município à natação, refira-se que a Piscina Municipal da Constituição foi
inaugurada em 1967, a Piscina do Fluvial um ano antes, a 19 de Junho de 1966, a
Piscina Municipal Eng. Armando Pimentel, em 2000, a piscina de Cartes, em 2001.
A Piscina de Campanhã, do F.C. do Porto e não só, foi reabilitada em 2015.
Parece que o Porto andou muitos anos sem
piscinas públicas e como o outro dizia “poucos sabiam … nadar”.
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