segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Afinal, poucos sabem nadar...

 

Foi um grande salto, desde que fechou a piscina do Carvalhido até ser substituída. Os anos passaram e a natação passou a ser esquecida.

O Rio Douro ofereceu as suas águas para treino de atletas do Clube Fluvial Portuense, do F.C. do Porto, do Clube Nun´Álvares e do Clube Naval Infante D Henrique, durante mais de 30 anos. O rio Leça fez o mesmo em Ermesinde para o CPN – Clube Propaganda de Natação. Aprendia-se no rio.

Em 1961, há uma notícia da inauguração de uma piscina na Boavista, também uma piscina provisória, mas que o Clube Nun´Álvares usou durante 10 anos, construída nas instalações da Fábrica de Tecidos de Seda Aviz, na avenida, hoje zona de lojas chiques no Aviz. Parece que para a fábrica, a piscina era um instrumento para a prevenção de incêndios. Era um tanque enorme…

O jornal tem uma frase curiosa, dando um bem-haja ao velho-jovem Nun’Álvares, na dinamização da modalidade porque bem precisa a natação portuense, que de degrau em degrau, decaiu a tal ponto, que praticamente, poucos sabem … nadar.”

Esta notícia confirma também a localização da anterior piscina do Carvalhido “nos terrenos na actual Casa dos Pobres”.

O povo há muito que se queixava da falta de piscinas. O Primeiro de Janeiro, já em 1939, publicava um desenho humorístico de Cruz Caldas, em que veraneantes ansiavam pela piscina do Porto, que nunca mais chegava.

Ficam algumas notas para a piscina do meu Alexandre Herculano, nos anos 60, um tanquezito onde aprendi as primeiras braçadas e a piscina do CDUP, na rua da Boa Hora, ainda disponível nos meus primeiros anos da faculdade, que também desapareceu, decorrendo hoje as aulas na piscina da Faculdade de Desporto.

A zona do complexo residencial do Foco ou do Graham, deixou boas recordações das piscinas do empreendimento (interior e exterior), projectadas pelo Arquitecto Agostinho Ricca, nos finais do 60, mas isso era só para gente fina.

Parece que ali pelo n.º 132 de Santa Catarina, o Sport Club do Porto também teve uma piscina, que hoje tem o fundo coberto a linóleo e serve de palco para artes performativas.

Agora para vermos a atenção dada pelo município à natação, refira-se que a Piscina Municipal da Constituição foi inaugurada em 1967, a Piscina do Fluvial um ano antes, a 19 de Junho de 1966, a Piscina Municipal Eng. Armando Pimentel, em 2000, a piscina de Cartes, em 2001. A Piscina de Campanhã, do F.C. do Porto e não só, foi reabilitada em 2015.

Parece que o Porto andou muitos anos sem piscinas públicas e como o outro dizia “poucos sabiam … nadar”.

Fonte da informação recolhida: https://csna.pt/historia/

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