Começou com a dúvida inicial - 300 ou 301?
Desta vez saímos e logo o 300 passou-nos à frente da porta. A espera foi razoável. Tínhamos ali na paragem um parceiro para a viagem que não revelava grandes cuidados de higiene. Mas já trazia um café em copo de plástico que comprará no quiosque do sr. Sérgio e bengala a ampará-lo. Ainda teve tempo de fumar um cigarrito antes do bus chegar.
Tivemos outra parceira - a Lurdinhas, mulher conhecedora dos horários, dos quais informou o vizinho e via-se bem que sabia muito das vidas dos outros. Entrámos e sentámo-nos nos primeiros bancos elevados. A Lurdinhas ficou de pé, mesmo ao nosso lado. Outra vizinha foi para o lado dela e sentou-se num daqueles bancos de sobe e desce.
“ Eu cá nunca me sento. Olhe para aquele ali. Está todo mijado e sentou-se. Vai ali à beira da porta e quem for lá sentar-se a seguir… olha! Noutro dia, até chamaram o motorista, que foi buscar uma fita, daquelas das obras e tapou o lugar. Mas este até tem dinheiro. Até podia ser pobre mas badalhoco, não! Esta gente até tem a água de graça, não paga quase nada pela luz, mas é assim, são uns badalhocos.”
A viagem depois não teve história. Entrou muita gente no Campismo, as sardinhas foram-se comprimindo, no Carvalhido piorou e só chegados à civilização, a normalidade voltou.
“Ó querido, espere só um bocadinho, qu’ela custa-lh’andar.” Tínhamos parceria vinda do bairro da Sé, mas só um par dava para pouca dança.
Mais volta aqui e curva ali, eis-nos no Campo, com a avenida à vista e a minha pressa em sair, logo depois das Escadas das Eirinhas, com a paragem de Barros Lima agora antes de chegar à rua dele, a do Amparo depois, o Bonanza, o Manel Alves ainda fechados e eu que até já via o Caetano lá em cima, quando nem tínhamos chegado à feira das Finanças nem à paragem da Soares dos Reis que rebaptizou a Comercial Oliveira Martins. Enfim, agora sim - São Crispim. saímos e a minha narração fica por aqui, porque não quero entrar em terra alheia.
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